Artsy: 87
MeltAway: 87
Badzgabs: 86
Jow: 86
Coreano: 85
Elder: 84
Everton: 83
Fallon: 81
Honey: 81
Minogudo: 80
Almir: 78
LuVincents: 78
Marcoscarey: 76
Loann: 75
Sugarpink: 75
Lily: 74
PrimalHeart: 74
Sleet: 71
Miguel: 70
Tytu: 70
Igor: 69
Guiodesu: 68
Lohan: 68
Yuri: 66
Anonimate: 65
Fletcher: 63
Benedita: 57
EveryWarrior: 54
Rozzabsol: 54
Skorpion: 47
-
-
-
Comentários:
Artsy - 87/100: "O ano era 2001. A música R&B estava novamente tendo seu novo auge com grandes nomes como Destiny’s Child, Aaliyah, Jennifer Lopez, entre outros, após o estouro e rápida queda da febre pop adolescente dos anos anteriores. Muitos desses atos adolescentes acabaram caindo no ostracismo ou tendo que mudar radicalmente sua imagem para se manter na indústria que vinha mudando. Com Britney Spears, um dos maiores nomes da música na época, não foi diferente.
Após o sucesso absoluto dos seus dois primeiros discos “…Baby One More Time” e “Oops!.. I Did It Again”, voltados principalmente para o público mais infantil, a cantora se viu em um dilema: ela poderia continuar fazendo música para agradar a fãbase que já tinha estabelecido e continuar com o sucesso momentâneo, ou explorar novos horizontes para alcançar um novo público e evoluir como artista. É importante citar que até então nenhum dos trabalhos haviam apresentado muitas canções autorais e pessoais da cantora, com exceção de “Dear Diary”, faixa que Britney co-escreveu no álbum de 2000.
“Eu preciso tomar a decisão se quero agradar a todos ou se quero agradar a mim mesma”, foram as palavras da cantora no lançamento do seu epônimo disco de 2001, “Britney”. Meses antes, o lançamento do lead single do disco, “I’m a Slave 4 U” assustou o público pelo seu teor mais adulto e sua sonoridade mais voltada para o R&B/hip-hop, totalmente dissonante do que já havia feito até então. A imagem da Britney, agora mais sexualizada do que nunca, também contribuía para que a cantora fosse alvo de inúmeras críticas machistas do grande público.
O resultado dessa brusca mudança foi uma queda considerável nas vendas do Britney, sendo o disco menos vendido da cantora até então (com cerca de 11 milhões de cópias globais), conseguindo produzir alguns hits no âmbito global mas falhando em atingir grandes posições com seus singles nos Estados Unidos. A recepção também foi mista de revistas especializadas, em comparação com o disco “Oops!.. I Did It Again” que havia sido muito bem recebido. Ainda assim, a divulgação do álbum se estendeu por quase 2 anos e rendeu seis singles, sua maior era até hoje.
Falando especificamente do disco, ele serviu como uma transição para a Britney. Conseguimos ver aspectos tanto do “Oops!..I Did It Again” quanto do “In The Zone” na construção do álbum, mas um fato interessante é que o “Britney” foi criado a partir da união de dois álbuns que a Britney estava gravando na mesma época. Um desses álbuns era a soundtrack do seu infame filme de 2002, Crossroads (que incluiria faixas como Overprotected, I’m Not A Girl, I Love Rock N Roll, entre outras) e o outro seu terceiro álbum de estúdio (que existem rumores que se chamaria “Shock Your Mind”), esse que contaria com a participação da Britney na composição de quase todas as faixas e seria o seu mais pessoal até então. No fim, a sua gravadora Jive Records optou unir os dois discos em um, alterando a tracklist do seu terceiro álbum de estúdio completamente e removendo inúmeras canções já gravadas para dar espaço as faixas da trilha sonora. Por esse motivo existe uma grande confusão nesse disco, em que temos músicas extremamente infantis e músicas maduras.
As canções mais maduras obviamente tem grande destaque no disco final. “I’m A Slave 4 U”, produzida pelo The Neptunes, é até hoje considerada um clássico do pop e uma das melhores músicas no catálogo da Britney. “Before The Goodbye” é também uma ótima canção com influências do euro-dance que lembra vagamente “And Then We Kiss”, single lançado posteriormente pela cantora como parte do disco B in the Mix. Entretanto, o grande cristal do disco é “I Run Away”, que além de ser o pico emocional, tem a melhor entrega vocal e lírica da Britney nesse conjunto de canções. Por outro lado, os momentos teen-pop do disco são de longe os mais fracos, principalmente em canções bobas como “Anticipating” e “Bombastic Love”.
“Britney” é um disco essencial na discografia da cantora, cumprindo muito bem o seu papel de introduzir uma nova Britney Spears, e inclusive fazendo isso com maestria. Pode ser facilmente considerado, se não o melhor, um dos melhores discos da primeira fase da carreira da artista (pré-2007), e poderia ser ainda melhor se algumas faixas desnecessárias não fossem incluídas na versão final."
Fallon - 81/100: "Um dos primeiros álbuns da Britney que eu ouvi e certamente, me moldou como fã. É incrível. Uma sonoridade que navega entre o teen e o adulto, que sabe trabalhar bem a imagem dela. Os singles são certeiros, muito bem escolhidos e incrivelmente trabalhados. Certamente é um dos trabalhos mais memoráveis da cantora."
Lohan - 68/100: "Trata-se do terceiro disco da carreira de Britney e um dos mais impactantes também.
Este CD, voltado para o dance-pop, é bem coeso e chega a ser um dos mais lineares da intérprete (o que é muito bom)… onde mostra Brit mais solta e mais ‘adulta’. Uma prova disto é o single supremo, “I’m a Slave 4 U”, que já abre o material de uma maneira bem sexy. Outra faixa, só que mais pop que a anterior, “Overprotected”, continua mostrando o novo lado da artista; enquanto em “I’m Not a Girl, Not Yet a Woman”, ela afirma que não se vê mais como uma garotinha e nem tanto como uma mulher, considerando assim, uma transgressão, ou um progresso, talvez. Enfim, um ponto que quero destacar é a versão original de “Boys”, que é desgostosa, apesar de soar bem diferente do restante do material, a versão remix com Pharrell soa muito mais Britney que esta presente no material; o que me incomodou um bocado. O cover da carreira, vulgo “I Love Rock ‘N’ Roll”, é uma das melhores regravações/covers de todos os tempos… aqui Britney conseguiu explicitar sua marca na canção; já que a mesma detêm vários covers/regravações por se tratar de uma música extremamente conhecida. Já as outras faixas, elas vão de ruins à boas/ótimas… literalmente como uma montanha russa, onde Spears expõe seus sentimentos com a mesma base dos singles deste álbum ou de outras canções não-singles do mesmo (não em todas, mas em algumas é extremamente perceptível). Das que não foram singles, salvo “I Run Away” que tem uma sonoridade diferente do restante do álbum (o que me cativou, diferente de “Boys”).
Sem mais… o material completo é um avanço de Britney em vários quesitos e aspectos; que veio a melhorar posteriormente, mas ainda se trata de um disco mediano."