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Britney Spears - Glory

Média: 75 | Críticas: 30
Honey: 93
Artsy: 91
Beau: 89
Sleet: 88
MeltAway: 87
Fallon: 85
Badzgabs: 83
Elder: 82
Loann: 82
FrankLucena7: 81
Miguel: 80
Raque: 77
Sugarpink: 77
LuVincents: 76
PrimalHeart: 75
Matheus: 74
Maiiksantos: 73
Tyru: 71
Eros: 70
February2017: 70
Lohan: 70
Bulma: 69
Coreano: 68
Work: 67
Rozzabsol: 66
Yuri: 66
Benedita: 65
Lily: 65
Minogudo: 60
Skorpion: 59
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Comentários:

Honey - 93/100: "Um dos álbuns mais subestimados da última década, o Glory faz parte do grupo seletivo de comebacks que foram injustamente ignorados pelo público e pela critica vindo de artistas veteranas em suas tentativas de reforçarem que merecem o respeito que é colocado ao lado do seu nome. e com certeza com o Glory, a Britney conseguiu. The Legendary Miss Britney Spears y’all, put some respect on her name."

Artsy - 91/100: "Britney Spears sempre foi uma cantora extremamente moldada pelas pessoas ao seu redor, desde sua gravadora até mesmo sua própria equipe. Todas as suas ações e falas eram controladas por essas pessoas, e essa situação só se agravou depois de 2007, um dos anos chaves na vida e na carreira da cantora.
O lançamento do disco In The Zone, alguns anos antes do seu meltdown público, já mostrava uma Britney que não queria ser somente uma fantoche, e sim uma pessoa envolvida artisticamente em entregar um trabalho que de alguma forma transmitisse uma mensagem sobre ela. Ainda assim, não era o suficiente para ela. Assim, durante a turnê de divulgação do álbum, Britney começou a gravar um disco escondida de sua gravadora, com temáticas e sonoridade bem diferente do que havia feito até então. Obviamente o disco nunca chegou a ser lançado, com exceção da faixa Mona Lisa, que foi enviada pela Britney para as rádios contra a vontade da sua gravadora. O restante das canções foi descartada e a gravadora desmentiu que existia um álbum sendo gravado pela cantora no momento.
Ao mesmo tempo que via sua artisticidade sendo reprimida, sua vida pessoal entrava em colapso. Britney já vinha com um histórico de relações ruins, primeiramente com Justin Timberlake, que resultou em um término público onde Britney acabou queimada pela mídia por supostamente ter traído o cantor, e depois com seu amigo de infância Jason Alexander, com que se casou e terminou em menos de 48 horas. Seu casamento com Kevin Federline em 2004, também durou pouco, mas acabou gerando dois filhos.
A relação de Britney e Kevin era complicada, no início tudo parecia ir bem, mas aos poucos Britney foi se desiludindo e acabou solicitando o divórcio. Somado a essa desilusão, Britney também acabou desenvolvendo uma depressão após ambas as suas gestações, com toda a pressão que estava sendo colocada por ela, inclusive da própria gravadora que queria que ela retomasse sua carreira.
Mesmo grávida, Britney passava o dia todo no estúdio gravando seu disco. Muito trabalho dessa época também acabou sendo descartado por suas temáticas que falavam sobre se rebelar e encontrar a sua própria liberdade. Em 2007, finalmente seu novo disco “Blackout” foi lançado, sendo sua obra mais artística e pessoal até então. Grande parte disso se dá pelo fato de Britney ter praticamente afastado toda equipe que estava com ela e a controla desde seu álbum de estreia, e ter assumido as rédeas da direção sonora.
Apesar de artisticamente a cantora estar em seu auge, a vida de Britney ia de mal a pior, chegando em seu ponto mais baixo em janeiro de 2008, quando a cantora foi internada em um hospital psiquiátrico após se recusar a entregar a guarda dos seus filhos para seu ex-marido. Judicialmente foi decidido que a Britney não teria mais a capacidade de cuidar de sua própria vida e a de seus filhos, e então decidiu-se que a cantora fosse colocada sob a tutela do seu pai, que agora tomaria grande parte das decisões da sua vida. Essa tutela inicialmente teria duração de somente um ano, mas obviamente acabou se estendendo até os dias de hoje (por meio de furos da lei).
Essa introdução serve para explicar e contextualizar o lançamento do Glory em 2016. Depois de 2007 tivemos muitos álbuns com pouca ou nenhuma contribuição artística de Britney por causa desse grande controle da sua vida. Talvez o lançamento mais infame desse período seja o terrível Britney Jean, um disco que Britney supostamente sequer terminou de gravar e foi lançado contendo uma mistura de vocais com uma backing vocal que acompanhava a Britney desde a época do Circus e conseguia replicar sua voz. Isso pegou muito mal tanto para a crítica quanto para os fãs, e fez com que o disco parasse de ser divulgado em menos de um mês. O lançamento de Pretty Girls, outra música avulsa horripilante com participação de Iggy Azalea lançada pouco tempo depois, também contribuiu para que o Glory pudesse existir.
Para a gravação do seu novo disco, deu-se um pouco mais de liberdade para Britney, apesar dessa liberdade ainda ser muito restrita. Britney teve mais participação na composição das músicas e na direção sonora que queria seguir, e com o apoio da produtora executiva Karen Kwak, que inclusive participou de outros grandes discos como o “The Emancipation of Mimi”, conseguiram criar o melhor disco da Britney desde o “Blackout”, explorando diferentes sonoridades e até mesmo línguas.
Obviamente o lírico aqui ainda não é nada muito especial, e em alguns pontos inferior ao seu predecessor Britney Jean nesse sentido (por incrível que pareça). Mas o intuito da Britney não era que esse fosse um disco particularmente pessoal como ele, Glory é um disco divertido e sensual. Ainda assim, consegue em alguns momentos mostrar as habilidades da artista como compositora, principalmente na faixa “Just Like Me”, um dos principais destaques por ter um conceito todo criado da cabeça da própria Britney e escrito por ela com colaboração de Julia Michaels e Justin Tranter.
Se por um lado o lírico não é o ponto forte, a produção tanto instrumental quanto vocal compensa por todo resto. Glory alterna por três tipos de “vibes”: uma mais “chill”, outra mais agitada e moderna e uma terceira que é mais nostálgica. A primeira sonoridade é claramente inspirada em discos como Revival e Purpose, que faziam sucesso na época, inclusive “Just Luv Me” e “Invitation” poderiam facilmente ter saído desses discos por terem esses elementos etéreos e vocais superprocessados em sua construção. Destaque também para “Coupure Électrique”, que talvez seja a faixa mais experimental da carreira da cantora, usando elementos de dark pop e cantando em francês, algo que ninguém jamais imaginaria Britney Spears fazendo.
A sonoridade “uptempo” talvez seja a que menos chame atenção aqui, apesar de ser o grande ponto forte da Britney ao longo da sua carreira. Até temos alguns pontos altos como “Change Your Mind (No Seas Cortes”, que utiliza elementos latinos, praticamente prevendo essa onda de popularidade latina que iniciaria no ano seguinte, e também “If I’m Dancing”, que em alguns momentos parece até uma canção brasileira de funk pelo seu ritmo agitado usando elementos desse gênero.
Por fim, temos um som mais nostálgico, que nos remete a outros trabalhos já feitos pela Britney. Aqui temos músicas como “Do You Wanna Come Over”, que parece diretamente saída do Blackout, e “Liar”, com aquela clássica sonoridade pop do início dos anos 2000 mas retrabalhada. Importante citar também a união dos ícones dos 90, Britney Spears e Backstreet Boys, na faixa Matches, que apesar de ter uma sonoridade bem mais eletrônica e voltada para o moderno não deixa de deixar essa sensação nostálgica do período em que ambos estavam no seu auge.
Os vocais que Britney entrega aqui são facilmente os melhores desde seus primeiros álbuns. Apesar de ainda muito editados, Britney brinca com vocais ao longo das faixas e trabalha com eles em várias camadas das músicas, sempre que você escuta o álbum de novo você escuta algum novo vocal escondido no meio do instrumental. “What You Need” é a que mais chama atenção nesse sentido, com vocais muito potentes em uma música com sonoridade meio soul, outra coisa que nunca se imaginaria Britney Spears cantando.
Em suma, “Glory” é sem dúvidas uma mostra do que Britney tem capacidade de fazer. Ainda existe espaço para evolução, mas as músicas aqui apresentadas revelam essa artisticidade escondida e reprimida dentro de Britney Spears, que aos poucos está se liberando. Sem dúvidas podemos esperar trabalhos muito interessantes da cantora no futuro, principalmente depois que ela finalmente for liberada dessas pessoas ao redor dela que a controlam."

Beau - 89/100: "O Glory é um dos melhores trabalhos da Britney. Muito bem produzido. Algumas faixas como Invitation e Just Luv Me poderiam ter tido os seus vocais menos carregados de efeitos (inclusive um trecho da versão original de Just Luv Me com os vocais limpos que vazou é bem superior a original), mas ainda assim incrementam a obra como um topo. Amo Hard to Forget Ya e Clumsy que geralmente são ignoradas pelos fãs tanto quanto outros hinos aclamados como Liar, Man on The Moon e Do You Wanna Come Over."

Fallon - 85/100: "Em Glory, Spears reforça o por que é a princesa do pop. O álbum é coeso, linear e cheio de identidade. Com produções sofisticadas e gloriosas, Britney entrega um dos seus melhores trabalhos. O CD tem vários pontos altos, vocalmente e no quesito produções. As músicas te fazem viajar e remetem a vários momentos da carreira. Um dos pontos altos, que merece muito destaque, são os outros idiomas falados por Britney no cd, como o espanhol em “Change Your Mind (No Seas Cortes)”, sueco em “Man on The Moon” e a faixa integralmente em francês. Uma vez princesa, sempre princesa."

Maiiksantos - 73/100: "O nono disco de inéditas de Spears pode ser facilmente definido em uma palavra: eficiente. Após o desastroso e polêmico “Britney Jean”, o público (e fãs) só esperavam que a artista voltasse com um bom álbum pop. E foi o que ela entregou. Não há nada de genioso em Glory, nada que o destaque nem dentro da carreira da própria Britney. Ele é apenas antenado com os sons que estavam sendo sucesso na rádio. Tem um pouco de Selena Gomez aqui, um Justin Bieber ali, e uma pitadinha de Major Lazer.
Os grandes destaques do álbum estão em suas faixas da versão deluxe. “Change Your Mind” é um hino spanglish; “Couperé Electriqué”, com sua atmosfera sexy e diferenciada, é uma faixa que poderia estar muito bem encaixada em algum disco da franco-canadense Mylène Farmer; e “If I’m Dancing” soube flertar bem com o funk carioca. Uma pena que o relançamento em 2020 trouxe faixas fracas que não acrescentaram nada para o disco, pelo contrário…"

Rozzabsol - 66/100: "Glory é um caso misto: metade do disco é composto por ótimas canções, enquanto a outra metade é capaz de deixar qualquer cientista nuclear invejado. Nem tudo são glórias quando essas duas partes se juntam, porém, te faz conseguir perdoar Britney após o fiasco do Britney Jean."

Minogudo - 60/100: "Antes, eu realmente considerava o álbum; por conta da cacofonia que o Britney Jean mostrou-se ser, este era uma evolução bem-vinda na discografia da cantora, da qual parecia que iria envelhecer bem. Hoje, com todo o catálogo que tenho como pessoa posso afirmar que ele pode até ser algo melhor que o antecessor, mas continua datado.
Erros como “Private Show”, “Man on the Moon” e “Better”, que tentam ser experimentais numa via completamente desnecessária são vistos ao decorrer, apesar de faixas como “Love Me Down”, “Slumber Party” e “Clumsy” demonstrarem o grande pop descontraído do qual a cantora já é craque. Como um todo, Glory tenta ser glorioso em várias questões, mais acaba sendo só mais uma tentativa não-coesa da cantora parecer moderna."

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